segunda-feira, abril 20, 2015

Zélia Parreira: lúcida e certeira


Bibliotecas Públicas, Portugal 2015. Este texto da Zélia Parreira, em boa hora divulgado pela BAD, é uma pedrada no charco, assim haja capacidade de o fazer ter efeito.
O texto é provocador de reflexão, e como tal o li e valorizo, apesar de pecar por omitir as boas práticas de bibliotecas públicas que existem, porventura fora dos circuitos de congressos e encontros como este, mas bem reais na vida das populações.
Por outro lado, e provavelmente por divisão de temas com outros oradores, não aprofunda o papel de organismos coordenadores e promotores de melhoria na cultura nacional, como a DGLAB e a BN.
Não assisti à sessão ( o 3º Congresso de Literacia, Media e Cidadania decorreu ao mesmo tempo), por isso não sei como funcionou o debate.


A rede que é imprescindível

"O estabelecimento de laços de cooperação é urgente e necessário. Não é fruto do acaso que a “Boa Prática” escolhida para ser premiada hoje seja justamente um projecto de colaboração, partilha de recursos e trabalho em conjunto. Pessoalmente, acredito que a melhor forma de colocar a Rede Nacional em prática é a formação de pequenas redes que se interligarão entre si.
Para que este processo se concretize é necessário vencer dois obstáculos:

  • A tutela municipal, a quem tem de ser demonstrada a viabilidade e vantagem do trabalho colaborativo;
  • A insegurança dos bibliotecários que temem ver os seus domínios invadidos por colegas que formularão juízos de valor sobre o seu trabalho.

Por outro lado, a tutela tem que dispor de:

  • Meios de acção para acompanhamento efectivo, no terreno, das bibliotecas e destas “mini-redes”.
  • Capacidade de produção, mas também de aplicação e acompanhamento, de guidelines, orientações e recomendações que resultem da produção internacional, designadamente via IFLA, mas também do diagnóstico resultante do trabalho de campo e das necessidades manifestadas pelas bibliotecas e pelos seus bibliotecários."
Comentário meu: tomemos como exemplo as redes concelhias e interconcelhias de bibliotecas escolares+públicas+.... elas abriram caminho. Há que aprofundá-lo e adequá-lo a cada realidade.


 [Texto apresentado nas Conferências Polícias Culturas Sectoriais: "Política do Livro e das Bibliotecas" - no âmbito do Colóquio "O Lugar da Cultura" que decorreu no dia 17 de Abril de 2015 no Centro Cultural de Belém.]


O lugar das bibliotecas : Notícia BAD

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